quarta-feira, 6 de abril de 2011

Encontro Madeira 2011









A Espiral deslocou-se ao encontro de Parapente da AVLM na ilha da Madeira. Os comentários dos nossos amigos sobre a organização do encontro de 2010 fez-nos ter grandes expectativas sobre os voos e sobre a hospitalidade.


A viagem de avião foi algo atribulada (vantagens de viajar em Low-Costs...) mas o material chegou todo e acho que não perdemos ninguém no caminho.

No hotel separámos os ressonadores da malta silenciosa para bem do sono reparador.

A análise da aerologia da ilha é extremamente difícil e os locais quase precisam de tirar um doutoramento para compreender como o vento se comporta. Só com muito tempo de voo e muitos anos de análise é possível estar no local certo à hora certa para se voar. Caso contrário as viagens em redor da ilha levam a que não se voe ou que alguém esteja a voar noutro local enquanto nós estamos no local errado.





No primeiro dia demos a volta à ilha quase toda atrás de um local onde o vento não estivesse forte, ou não estivesse de costas. Foi um bom passeio turístico mas os voos teimavam em não se fazer. Começaram os treinos logo cedinho nas ponchas em Santana.



O resultado....foi este!



Após mais uns longos quilómetros de carro e muitas horas perdidas voltámos ao ponto de partida. A falésia do Centro Mar parece ser o local de eleição dos voadores da ilha. Talvez por ser perto de onde se bebe bem e a descolagem ficar a dois passos...Fizemos um voo de cerca de uma hora sem grande história.

Fomos experimentar as famosas ponchas madeirenses em Câmara de Lobos. Perdemos alguns membros do grupo que de manhã reapareceram com cara de terem dormido a correr.



No dia seguinte a chuva acordou-nos e as perspectivas de voo eram más. Fomos novamente passear pela ilha desta vez até ao Cabo Girão e depois à descolagem das Canhas. Andámos novamente nos sítios errados à hora errada porque enquanto andávamos a passear pela ilha outros voavam na praia da Falésia. Lição a tirar: quando se organiza encontros estar bem atento à meteorologia e conhecer bem os locais de voo.



De noite fomos provar as espetadas. Uma bela jantarada e uns copos a mais para alguns com consequências nefastas no dia seguinte...:)

No domingo finalmente acertámos com o sitio de voo. Voámos do Cabo Girão em dois voos memoráveis. A altitude e verticalidade da parede é impressionante. Mal descolamos ficamos à vertical de uma parede de 600 metros com uma vista lindíssima.



No primeiro voo fizemos a transição para a praia da falésia com uma excelente altitude e ainda ficámos a voar em dinâmico sobre a praia. O voo passa por cima de Câmara de Lobos com uma vista extraordinária.


No segundo voo as condições ainda estavam melhores e deu para andar a entrar e a sair das nuvens. Todos voaram bem e ficaram extasiados. O João Freitas (o nosso ex-aluno madeirense) fez-nos companhia na sua ilha e experimentou o voo no Cabo Girão pela primeira vez.




A viagem valeu pela companhia e pelos dois voos do domingo, mas infelizmente deixou-nos a todos com pena de não termos voado mais.